sábado, 14 de junho de 2014

Copa-2014: análise do 2º dia (13/06)

SÃO PEDRO ENTROU EM CAMPO
Os torcedores que se fizeram presentes na Arena das Dunas para prestigiar o primeiro dos quatro jogos da Copa em Natal tiveram uma emoção extra: uma chuva forte que chegou a causar transtornos como um deslizamento de terra no bairro de Areia Preta, mas não teve força para desanimar os 39 mil torcedores - maioria mexicana - que compareceram ao estádio potiguar. Mais tarde, São Pedro fez uma visitinha a Salvador.

LEÕES DOMINADOS
Ainda falando da estreia de Natal na Copa, os mexicanos parecem ter deixado a má fase de lado, pelo menos por enquanto, ao deter Camarões, embora o rival africano tenha oferecido uma boa resistência. O responsável pelo triunfo latino foi Peralta, autor do único gol da partida. Tecnicamente a La Tri deveria ter vencido por 3 a 0, mas o árbitro anulou dois tentos legítimos da equipe.

CHOCOLATE HOLANDÊS
Em Salvador, Espanha e Holanda reeditavam a final da última Copa, vencida pela primeira. O time de Vicente Del Bosque prometia repetir o triunfo, mas pagou o preço de confiar demais no famoso tiki-taka e no plantel envelhecido. Melhor para os oranges, que deitaram e rolaram no gramado da Fonte Nova, embora tenham iniciado o duelo atrás do placar em virtude de um pênalti duvidoso (mais um nesta Copa) assinalado a favor dos hispânicos. O destaque da partida coube a Van Persie, responsável por dois tentos - uma cabeçada de placa ao final do 1º tempo e um presente do vacilo de Casillas. Outro nome que merece ser lembrado é Robben, também autor de dois gols, com direito a dois zagueiros e um goleiro adversários humilhados no chão.
No fim das contas, um senhor chocolate holandês (5x1) com sabor de laranja bem amargo para os espanhóis. Louis van Gaal e seus comandados, que vieram à capital baiana não passando de uma aposta na corrida pelo título, agora podem se dar o luxo de sonhar com a tão sonhada (e inédita) conquista e prometem repetir o show diante da própria adversária, a Austrália, em Porto Alegre. Aos touros domados, resta juntar os cacos e jogar a vida contra o Chile no Rio de Janeiro se ainda pensam em sobreviver à fase de grupos.

AMEAÇA ANDINA E VITÓRIA SOBRE A ARBITRAGEM
Encarregados de fechar o segundo dia da Copa, Chile e Austrália se enfrentaram em Cuiabá. Os sul-americanos saíram na frente com Sanchez e Valdívia, dando sinais de que passeariam à vontade na zaga adversária. Contudo, bastou a equipe de Jorge Sampaoli diminuir o ritmo por causa do calor para os Socceroos mais uma vez justificarem a fama de atrevidos. De tanto insistirem, conseguiram um desconto aos 30 minutos, com Tim Cahill levando a melhor sobre Medel na área e anotando o tento de cabeça.
Na etapa complementar, os chilenos tiveram muito trabalho com os constantes ataques da Austrália, embora tenham retomado a postura ofensiva. Aos 15 do segundo tempo, Vargas teria ampliado o placar se Wilkinson não tivesse tirado a bola em cima da linha. O jogo permaneceria tenso para ambas as equipes (uma buscando um melhor saldo e a outra querendo o empate na raça) até os acréscimos, quando Beausejour, substituto de Valdívia, chutou rasteiro para definir o placar final: 3 a 1.
Uma novidade na partida é que, desta vez, não houve penalidade duvidosa ou gol mal anulado. O futebol enfim marcou seu primeiro gol contra os erros de arbitragem registrados até o momento na Copa. Na próxima rodada, o Chile tentará confirmar a classificação (e, possivelmente, uma considerável ameaça ao Brasil já nas oitavas) diante dos decadentes espanhóis, enquanto a Austrália se inventará para não apanhar tão feio da Holanda.

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