sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Utilidade Pública


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Seguro morreu de velho nos cartórios do Brasil

Quem trabalha em um cartório ou tabelionato sem nunca ter prestado concurso público vai ter de arranjar outro emprego. É que, recentemente, o Conselho Nacional de Justiça, capitaneado pelo ministro Gilson Dipp, resolveu anular a titularidade de mais de 7000 cartórios do país. A decisão foi baseada em uma resolução do órgão que prevê a vacância de serviços ocupados por indivíduos que não tiverem prestado serviço público.
Obviamente, o sindicato que representa a classe dos não-concursados vai reclamar de montão. Antes disso, porém, faço à categoria uma pergunta bem simples: "Vocês tiveram todo o tempo do mundo para prestar concursos públicos até conseguir uma vaga realmente efetiva, por que não estudaram para isso?".

PNDH-3: sobre aborto e crucifixos

Para complementar minha opinião sobre o PNDH-3 (Programa Nacional dos Direitos Humanos, 3ª Versão), publicada há cerca de 2 semanas, eu quero discutir sobre mais dois itens do documento que geraram muita discussão, especialmente por parte da Igreja Católica no Brasil:

Aborto: o documento apresenta uma proposta que consiste em descriminalizar o aborto, isto é, o Estado deixaria toda mulher completamente à vontade para decidir se quer ou não quer abortar, não importa o motivo. Ferrenha defensora do direito à vida, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) se opôs frontalmente ao projeto. Eu particularmente acho que a interrupção da gravidez deveria continuar sendo permitida apenas em caso de estupro ou quando a gestante é acometida por um problema de saúde que traga riscos a ela e ao bebê.

Símbolos religiosos: a CNBB também reclama que outro item do PNDH-3 pretende proibir a ostentação de símbolos religiosos nas repartições públicas federais. Os bispos alegam que a medida seria um atentado à liberdade religiosa prevista na Constituição Federal, mas provavelmente se esqueceram que um cidadão judeu, muçulmano ou evangélico se sentiria ofendido ao entrar em um prédio da União e se deparar com um crucifixo logo na recepção. Com tantos templos para manifestar seus ideais, a Igreja Católica bem que poderia deixar as repartições do Estado em paz, não?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Policiais baianos podem entrar em greve durante o Carnaval

De acordo com o blog Política Et Cetera, policiais civis e militares da Bahia cogitam a possibilidade de deflagrar uma greve durante o Carnaval. A categoria tem procurado estratégias para obrigar o governador do estado, Jaques Wagner, a atender suas reivindicações, desde melhorias salariais até condições decentes de trabalho. Pelo visto, o "galego" corre o risco de ver os foliões abandonados à própria sorte na folia baiana e, principalmente porque estamos em ano eleitoral, virar alvo de críticas dos seus concorrentes à vaga máxima no Palácio de Ondina.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Haja dinheiro para ser membro permanente no Conselho de Segurança da ONU!

De acordo com um um artigo do ex-blog do César Maia, publicado no Blog das Forças Terrestres, o governo brasileiro está praticando um ato de solidariedade que deixaria o Papai Noel bem vermelho de inveja. Lula decidiu solenemente perdoar as dívidas que países africanos como Moçambique e Nigéria contraíram com o nosso país nos últimos anos. Bolivianos, nicaraguenses e cubanos também foram agraciados pela benção apedeuta, como se isso fosse lá grande novidade. Para explicar tanta generosidade, só mesmo um plano arquitetado pela diplomacia petista (vulgo Império Megalonanico) com o objetivo conquistar para o nosso país uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. O presidente da república pretende ainda comprar os caças Rafale, da França, já que esta é uma das cinco seletas nações com poder de veto - as outras são EUA, China, Rússia e Reino Unido.
Como sempre existe um porém, os petralhas devem ter se esquecido de três detalhes sórdidos:


1. A França é o único país com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU a apoiar a causa brasileira. A China se opõe fortemente à nossa presença no órgão;
2. O dinheiro pago pelos devedores do Brasil poderia muito bem ser empregados para resolver os nossos maiores problemas aqui dentro: má qualidade do ensino público, hospitais caindo aos pedações, violência, etc.
3. Por que será que também não pensaram em perdoar aqueles cidadãos que pagam impostos, com ou sem atraso?


Para ser franco, confesso que até hoje não entendo a ferrenha luta do apedeutismo para que o Brasil se torne membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Nada contra querer dar as cartas em um órgão internacional, mas acho que os lulistas estão gastando (e deixando de receber) uma grana preta somente para satisfazer uma vaidade pessoal.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Celebridades não são deuses

Ontem, eu estava lendo alguns artigos do blog de Oscar Filho - comediante de stand-up e integrante do humorístico CQC, da Band - quando um deles me chamou a atenção. O texto, intitulado "Humildade" e escrito há algum tempo, apresenta uma opinião do humorista (com base em experiência própria, diga-se de passagem) sobre pessoas que vivem abordando celebridades em qualquer lugar, a qualquer hora, em busca de um autógrafo ou de uma foto, sem parar para pensar se não estariam incomodando o ídolo em questão. Uma leitura minunciosa do artigo apenas confirmou uma tese minha segundo a qual celebridades não são tão infalíveis quanto os veículos de comunicação costumam mostrar ao público.
Ao contrário do que muita gente imagina, os famosos também levam sua vida de meros mortais. Trabalham, pegam fila de banco, fazem as compras do mês, passeiam com os filhos, pagam impostos, viajam, descansam, dormem... Enfim, desempenham atividades tão corriqueiras quanto as nossas. Acontece que tem muito admirador por aí - especialmente o do naipe "fã da Xuxa", rsrs (sem ofensas, por favor!) - que não entende essa questão e resolver abordar o ídolo a torto e a direito para tirar uma foto ou conseguir um autógrafo. Tento imaginar como deve ser constrangedor para um artista  interromper o almoço ou o passeio com os filhos somente para agraciar um fã que poderia muito bem se aproximar dele em um momento mais oportuno (ex.: em uma premiere). O pior é que, se não atender o chato de plantão, o camarada é taxado de "antipático", "mala", "metido a besta", "estrela" e assim por diante. Como bem disse o ator Marcelo Médici, em um de seus textos, muitos engraçadinhos exploram esse medo das personalidades para serem atendidos por elas quando bem entenderem, e a maioria dos famosos cede aos caprichos alheios para não ficar com o filme queimado na mídia. A cada dia, essa situação se torna cada vez mais complicada, uma vez que nunca falta gente tentando se firmar no circo do entretenimento ou mesmo os singelos 15 minutos de fama.
Em resumo, o que quero dizer é que celebridades merecem e devem ser tratadas como pessoas comuns, uma vez que não deixam de cumprir suas obrigações civis e/ou familiares do dia-a-dia e têm que trabalhar muito para continuar onde estão (desculpem a franqueza, mas somente os ingênuos acreditam que se consagrar no meio artístico é moleza e dá dinheiro fácil). Se você por acaso flagrar alguém famoso almoçando em um restaurante ou passeando com o(a) cônjuge, em vez de atacá-lo com pedidos de autógrafo ou foto, coloque-se no lugar do artista por uns minutos e descubra se você realmente gostaria de ser importunado o tempo todo. Pense nisso!


PNDH-3: Misto de revanchismo, censura editorial e incentivo à bandidagem rural

O ano de 2010 parecia ter começado bem para Lula, principalmente graças à praia de Inema (pertencente à Marinha e situada na Base Naval de Aratu, em Salvador), mas resolveu agraciar o presidente com o pepino do PNDH-3, como é conhecida a terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos, idealizado desde o último mandato de Fernando Henrique Cardoso. Elaborado sob a supervisão de Paulo Vannuchi, ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos e um dos simpatizantes do esquerdismo radical no Brasil, o documento foi bombardeado por críticas vindas de militares, deputados federais e senadores da oposição, setores civis, igreja e até ministros da própria base governista. A bronca se deve ao fato de o programa conter alguns pontos polêmicos, dos quais pretendo elencar neste artigo apenas os três mais problemáticos, na minha opinião:

Comissão Nacional da Verdade: essa comissão tem o objetivo formal de investigar a violação de direitos humanos praticada durante a ditadura. Para isso, ela poderia acessar documentos que ajudassem a identificar os torturadores e interrogar militares sobre os crimes por eles praticados nos anos de chumbo. O problema é que esse item nada diz contra os esquerdistas, que também torturaram e mataram nesse período. A turma das Forças Armadas chiou muito.

Desocupação negociada: essa aí deixou os ruralistas de cabelos em pé. Como se já não bastasse as invasões dos sem-terra, os fazendeiros poderão ter mais uma dor de cabeça pela frente, se o projeto virar lei: em caso de uma invasão, em vez de procurar a Justiça, o dono do espaço invadido terá de bater uma prosa com um comitê formado obviamente por pessoas ligadas ao MST e movimentos congêneres.

Controle dos meios de comunicação: os órgãos de imprensa desceram a lenha no item do PNDH-3 que fala de uma espécie de controle social sobre rádio, jornal e TV. Os veículos de comunicação se submeteriam a uma espécie de controle editoral exercido pelo governo e poderiam sofrer penas, de multas até a perda da concessão, caso sejam descobertas informações que constituam uma "violação dos direitos humanos" (um eufemismo para qualquer coisa que desagrade a patrulha ideológica doapedeutismo - coisa de quem está doido para montar uma autocracia à la Chavez).



Resultado da ópera-bufa: Lula e sua trupe já levaram um primeiro tombo e terão de revisar esses e outros itens para acabar com a crise em torno do PNDH-3. A liberdade de expressão e o direito à propriedade privada estão salvos - por enquanto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"Lula, o Filho do Brasil" não empolga geral

O filme "Lula - O Filho do Brasil", lançado no primeiro dia de 2010 e que retrata a história de vida do atual presidente da República desde a infância no sertão pernambucano até o Palácio do Planalto, não surtiu o efeito esperado pelo comitê de campanha da presidenciável Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil. No segundo final de semana de exibição, a produção levou somente 102 mil espectadores às salas de cinema em todo o Brasil. Só pra comparar, no mesmo período, o americano "Alvin e os Esquilos 2" arrematou 640 mil cabeças.
Não se sabe ainda se por ilusão (os lulistas acreditaram que a cinebiografia arremataria votos para Dilma), erro estratégico (o filme foi lançado com promoções aos trabalhadores sindicalizados justamente em uma época na qual a maioria deles está de férias) ou malandragem publicitária (o filme ignora completamente os aprontes do Lula, destacando-o como uma figura iluminada, infalível e imaculada), o fato é que a turma de Dilma está como o Palmeiras esteve no Campeonato Brasileiro de 2009: começou em festa e vai terminar em tragédia.

Fonte: Folha Online

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Boris Casoy e seu preconceito contra garis

Boris Casoy, apresentador do Jornal da Band, protagonizou a primeira gafe jornalística de 2010. Hoje mesmo caiu no Youtube um vídeo com um trecho de uma matéria sobre a Mega Sena em que o jornalista, sem perceber que o áudio ainda estava ligado ao final, proferiu impropérios contra dois garis que apareceram no final da reportagem, desejando um Feliz Ano Novo aos telespectadores. Clique aqui para conferir essa demonstração estapafúrdia de preconceito e arrogância contra uma classe de trabalhadores que passam o dia todo debaixo de sol e chuva para limpar a sujeira produzida pelos moradores, desde o morador de rua até jornalistas ditos "superiores".

2010 já chegou. O que esperar nos próximos 12 meses?

Há pouco mais de 22 horas, 2009 saía de cena para dar lugar a 2010. O ano novo começou ora bem para os brasileiros e turistas que se espremeram nas praias tupiniquins ora terrivelmente para as famílias das vítimas da chuva no Rio de Janeiro. Boas e más notícias à parte, o fato é que, pela primeira vez, atualizo o blog em um 1º de janeiro. Várias novidades nos aguardam nos próximos 364 dias, vamos nos atentar para os principais:

Copa do Mundo: o principal torneio de seleções de futebol do mundo será realizado pela primeira vez em solo africano, mais precisamente nas cidades da África do Sul, país marcado pela horrenda política de segregação racial conhecida como apartheid, felizmente extinta desde 1994. Os sul-africanos, que nem devem se lembrar mais desse período negro, prometem agitar bastante nas arquibancadas. Para o Brasil, não haverá vida fácil, diante da misteriosa Coreia do Norte, da respeitável Costa do Marfim e do entrosado time de Portugal. Sem dúvida, Dunga terá de ralar muito para mostrar que a Seleção pode levantar o sexto caneco em Copas do Mundo. E, de quebra, poderemos aprender com os acertos e erros dos anfitriões para não fazer feio daqui a 4 anos, por aqui.

Eleições: ano polítivo promete (e cumpre) tudo de bom ou de ruim. A corrida presidencial será disputada majoratoriamente entre Dilma, a candidata a suceder Lula (e esticar por mais 4 anos a hegemonia petista), e José Serra, que terá de se esforçar muito para se livrar da in fluência do ex-presidente FHC (ou, pelo menos, diminui-la drasticamente). Outros candidatos, com chance quase nula, como Ciro Gomes e Marina Silva, prometem desequilibrar a briga entre PT e PSDB. Quanto às eleições para governador, deputados estadual e federal e senador, mais uma chance para o eleitor tentar mudar a cara de Brasília ou continuar elegendo os mesmos corruptos de sempre (e depois reclamar, sem nenhuma razão, porque tudo que o Estado oferece não presta).

Fico por aqui. Retorno quando tiver mais novidades.