terça-feira, 16 de maio de 2017

[CINEMA] Alien: Covenant

De volta à franquia estrelada pelo mítico predador alienígena, Ridley Scott se encarrega de duas missões no novo título: responder as perguntas deixadas em aberto no filme anterior (Prometheus, 2012) e retornar a saga das temíveis criaturas ao puro e simples terror espacial, executado com louvor na aventura inicial (Alien - O 8º Passageiro, 1979) e abandonado nas sequências. O aclamado diretor ataca a primeira frente com relativo sucesso, porém falha consideravelmente na segunda.
O enredo de Alien: Covenant está centrado na Covenant, a homônima nave colonizadora que segue viagem para o distante planeta Origae-6 quando uma onda de neutrinos a atinge em cheio, forçando o androide Walter (Michael Fassbender) a despertar a tripulação do sono criogênico antes da hora. Em meio aos reparos, o grupo capta uma transmissão de rádio vinda de outro planeta, mais próximo e teoricamente também capaz de abrigar a vida humana, e o capitão Christopher Oram (Billy Crudup) decide liderar uma expedição para investigar a fonte do sinal, apesar do protesto da especialista em terraformação Daniels Branson (Katherine Waterston). Inicialmente encantados com o paradisíaco cenário, os viajantes logo descobrem estar pisando no território de criaturas mortais como o Neomorfo (uma versão mais primitiva do Xenomorfo), que não demora a abater suas primeiras vítimas. Os sobreviventes iniciais acabam sendo salvos por David, um androide similar a Walter e sobrevivente da desastrosa missão Prometheus.

Em termos gerais, Covenant ganha pontos na breve apresentação dos eventos ocorridos desde seu antecessor e da origem dos icônicos Xenomorfos como são conhecidos pelo público, e na atuação de Michael Fassbender no papel dos "irmãos" androides. Por outro lado, o novo longa escorrega feio ao abandonar a promessa de resgatar os elementos originais dos primeiros filmes, levando os desafortunados viajantes a passar mais tempo com diálogos que não acrescentam nada de muito útil ao enredo do que fugindo de predadores cruéis. Quem esperava uma trama repleta de cabeças estraçalhadas feito papel terá de se contentar com poucas cenas de gore, uma vez que os temíveis alienígenas aparecem bem menos do que realmente merecem, sendo ofuscados por um dos personagens centrais cuja identidade não revelarei para não entregar a história toda antes do tempo.


Nota final: 7,5