quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um dia da caça, outro do caçador

Perdeu a aposta quem achou que Neymar, a estrela-mor do Santos, estaria fora de ação por mais um tempinho para aprender a lição. De ontem para hoje, a diretoria do clube resolveu dispensar Dorival por este ter afastado o jovem atacante de mais um jogo, diante do Corinthians (a partir das 21h45 de hoje), contrariando uma decisão dos dirigentes segundo a qual o garoto estaria garantido no clássico paulista. Quem assume o lugar do ex-treinador durante a partida é Marcelo Martelotte, técnico da equipe sub-23.
Faço das opiniões de José Ilan e Marcelo Barreto, ambos do Globoesporte.com, as minhas: o Santos está deixando de ser o grande clube que revelou Pelé - o maior jogador de todos os tempos - para se tornar o Neymar Futebol Clube, com um time composto não por 11 atletas, mas por um só, Neymar - o maior craque-problema das últimas semanas. Para sorte dos torcedores que apreciam o futebol-arte, jogadores rebeldes não costumam durar muito no planeta bola. Abre o olho, Neymala!


P.S.: nem tudo está perdido para Dorival Jr. O ex-comandante da Vila Belmiro despertou a atenção do São Paulo. Se for para lá, o treinador enfim resgatará o costume de lidar com adultos e não com moleques que se acham os reis da Baixada Santista (se é que algum dia chegarão aos pés de Pelé).

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Duplicação, sozinha, não torna a rodovia Ilhéus-Itabuna mais segura

No final de setembro, Lula virá a Itabuna para assinar a ordem de serviço para a tão sonhada e prometida duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna. Dentre os benefícios dessa empreitada, muita gente gosta de exaltar a possibilidade de maior segurança no trecho da BR-415 que liga as duas cidades, dada a absurda frequência de acidentes automobilísticos ocorridos nos últimos anos.
Esse pessoal que me perdoe, mas duplicar a rodovia por si só não é suficiente para torná-la mais segura. As estatísticas mostram que a maioria das colisões acontece nas estradas em bom estado de conservação e à luz do dia. Isso significa que o asfalto, por si só, não merece a menor culpa pelas tragédias. O maior problema está mesmo entre o banco do motorista e o volante. É aquele camarada que ultrapassa outro veículo de forma irregular, dirige acima da velocidade máxima permitida, ingere bebidas alcoólicas antes de dirigir, entre outras barbaridades que não raro estragam as coisas para o seu lado - e o de outros cidadãos, atingidos pela sua irresponsabilidade na direção do carro.