segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Ouro na empolgação, latão na realidade

Quatro anos atrás, em Pequim, o Brasil fechou a conta olímpica na 23ª posição. Ontem, o país encerrou sua participação nos Jogos de Londres subindo uma posição em comparação à edição anterior. E só. Uma evolução digna de traque ou bombinha. De nada adianta o governo e a imprensa fazerem a maior propaganda, prometendo uma chuva de ouros, se a maioria dos atletas não passa da rodada de estreia em suas respectivas modalidades. Não que eles tenham alguma culpa: sem uma infraestrutura adequada e acesso a todo o material necessário aos treinos, são poucos os esportistas que conseguem uma medalha (nem que seja de bronze), enquanto os concorrentes de outros países desfilam felizes da vida com suas fartas medalhas de ouro.
Mal passou a euforia das Olimpíadas na Terra da Rainha, é hora de retornar à dura realidade: muitos atletas, com ou sem medalha no peito, continuarão a depender da boa vontade de empresas privadas para não ter de custear as despesas de treinamento com o próprio bolso, enquanto os praticantes de modalidades mais populares continuam a receber as maiores fatias do bolo destinado ao esporte nacional. Se essa situação continuar do jeito que está, a nossa participação nos próximos Jogos tenderá a apenas sediar o evento e ver muitas medalhas de ouro parar na mão dos esportistas estrangeiros. 

sábado, 11 de agosto de 2012

O ouro nunca esteve tão perto...

Desde 1988 a seleção brasileira de futebol não chegava a uma final olímpica. E, nos Jogos deste ano, o caminho até a batalha final, a ser travada contra o México no mítico estádio de Wembley, nunca esteve tão escancarado. Os temidos Uruguai e Espanha, que prometiam cruzar nosso caminho no mata-mata, foram embora logo na fase de grupos. Já na fase eliminatória, hondurenhos e sul-coreanos não se intimidaram com a camisa amarela e chegaram a pressionar no início das suas respectivas partidas, mas o conjunto tupiniquim se saiu mais forte nesses confrontos.
O Brasil, tantas vezes campeão do mundo e das Américas, nunca saiu de uma Olimpíada com uma medalha de ouro no peito. Neymar, Hulk, Thiago Silva, Oscar, Alex Sandro, Pato e os demais comandados de Mano Menezes têm uma chance daquelas de conquistar o título que ainda falta ao currículo do escrete canarinho. Para isso, só precisam repetir o bom desempenho nos últimos jogos e dar um olé nos mexicanos, que também têm chances de se sagrar campeões em Londres.