sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Guia rápido para combate à compra de votos

Se algum candidato aparecer disposto a comprar seu voto, aqui vão algumas sugestões para combater tal prática:

Sugestão 1: uma vez na cabine, vote no candidato, tire uma foto da urna com a foto dele exibida na tela e guarde como prova (hehe).
Sugestão 2: faça a mesma coisa do item anterior, só que, em vez de confirmar a escolha do comprador de votos, corrija e vote em outro candidato.
Sugestão 3 (a melhor de todas): tome vergonha na sua cara e recuse no ato qualquer tipo de agrado na hora. Não se esqueça que a sua escolha é individual, mas as consequências para sua cidade serão gerais. Pense nisso! ;-)

O besteirol da censura paternalista

1) Em São Paulo, a Justiça mandou o YouTube tirar do ar o tal vídeo anti-islã. Perda de tempo: a absoluta maioria dos muçulmanos ignorou o filmeco ou, na melhor das hipóteses, protestou de forma pacífica, inclusive com apoio de fiéis de outras religiões. Em outras palavras: a própria imbecilidade do curta vai jogá-lo no esquecimento.
2) No Twitter, o deputado federal Protógenes Queiroz queria porque queria o filme Ted - cujo protagonista, um ursinho de pelúcia, consome drogas - bem longe das salas de cinema. Só esqueceu de comentar por que permitiu que o filho, de 11 anos, assistisse a um longa indicado para maiores de 16 anos...
3) O Iara (Instituto da Advocacia Racial e Ambiental) voltou a implicar com a obra de Monteiro Lobato. Depois de Caçadas de Pedrinho, foi a vez de Negrinha, que reúne mais de 20 contos do escritor, cair na mira da entidade, que acusa a presença de termos supostamente racistas. Tivessem dedicado mais tempo à leitura do livro do que à busca do politicamente correto, os paladinos de ocasião perceberiam que trata-se de um romance destinado ao público infantil e as tais palavras da discórdia não tinham naquela época o mesmo sentido pejorativo com que são empregadas hoje em dia.

O que os três episódios acima têm em comum? Foram protagonizados por gente que, na pura falta do que fazer, insiste nessa baboseira de querer determinar o que os cidadãos podem ou não ler, ouvir e assistir, como se eles ainda fossem crianças desprovidas de senso crítico e dependentes da tutela oficial o tempo todo. O que é bom para mim pode não sê-lo para você ou vice-versa. Simplesmente uma questão de gosto pessoal, que não depende da vontade estatal.
Por isso, a sociedade brasileira deve se mexer para evitar que os aspirantes a "cavaleiro dos bons costumes" continuem com a empreitada deles. Se nada for feito, daqui a pouco a Record deixará de exibir as peripércias do Pica-Pau porque "a ave vive passando a perna nos outros" ou o MEC mandará queimar exemplares de Capitães de Areia (Jorge Amado) porque, em uma das passagens, os moleques tentam violentar uma integrante do grupo...