quarta-feira, 12 de abril de 2017

[CINEMA] Os Smurfs e a Vila Perdida

Após dois longas não muito convincentes que misturavam computação gráfica com atores de carne e osso, os duendes azuis criados pelo belga Pierre Culliford (mais conhecido pelo nome artístico Peyo) em 1945 tiveram uma nova chance, desta vez totalmente em forma de uma animação que tem tudo para resgatar a nostalgia do público antigo e atrair a atenção de potenciais novos fãs.
Os Smurfs vivem em uma pequena vila e se destacam cada um por uma característica peculiar: o Robusto possui uma força extraordinária, o Gênio vive enfiando a cara nos livros, o Joca prega peça nos companheiros, o Ranzinza reclama de tudo e assim por diante. Porém, o enredo foca na única fêmea do grupo, a Smurfette, que se sente mal vista por não ter uma função específica. Em busca de autoconhecimento, a protagonista descobre por acaso que existem mais Smurfs além das fronteiras da vila e conta com a ajuda de outros 3 personagens -  Robusto, Gênio e Desastrado - numa jornada para localizar os novos espécimes e alertá-los sobre Gargamel, o feiticeiro que planeja sequestrar todos os azuizinhos para drenar seu poder e usá-lo como bem entender. O terceiro longa mantém a essência das tirinhas de Peyo e do desenho oitentista - personagens fofinhos evitando a todo custo as maquinações de um antagonista tão malvado quanto trapalhão - enquanto destaca majoritariamente uma personagem feminina, ainda mais em tempos de discussão de gêneros, além de uma constante e divertida rixa entre Gargamel e seu fiel gato Cruel, que ajuda seu mestre a bolar a maioria dos planos sem receber o devido crédito e ainda tem que dividir espaço com uma criatura adicional na franquia, o abutre Monty, que recebe mais atenção do bruxo.

Nota final: 8,5