domingo, 15 de junho de 2014

Copa-2014: análise do 3º dia (14/06)

SÓ NO ARMERATION
Dezesseis anos depois, os colombianos retornaram a uma Copa - e estrearam em grande estilo no Mineirão. Que o diga Armero, ex-Palmeiras, que abriu logo o placar com um gol chorado, obrigando a Grécia a sair da retranca. Os helênicos chegaram a dominar o jogo (59% de posse de bola) durante a maior parte do primeiro tempo e deram trabalho ao bom goleiro Ospina, mas não demorariam a cair de produção na etapa seguinte, devido ao calor em Belo Horizonte e à apresentação de gala de James Rodríguez, que cobrou um escanteio muito bem aproveitado por Teó Gutiérrez e fechou a conta (3 a 0) nos acréscimos batendo no canto.
Se a Colômbia temia se complicar no Mundial devido à ausência do lesionado Falcão García, atletas e torcedores podem respirar aliviados. O time teve competência para superar essa grande revés e agora deve se concentrar no próximo duelo, contra a Costa do Marfim, em Brasília. Por sua vez, a Grécia medirá forças com os igualmente derrotados japoneses em Natal.


CASTELAZO
Há 64 anos, os uruguaios calaram milhares de brasileiros em pleno Maracanã. Ontem à tarde, em Fortaleza, planejavam deitar e rolar sobre a Costa Rica para quebrar um incômodo tabu - não estrear em Copas com vitória desde a edição de 1970 - e iniciar com o pé direito a batalha pela sobrevivência no Grupo D, que conta ainda com as fortíssimas Itália e Inglaterra. Mas quem desfilou mesmo no Castelão foi a zebra: os Ticos não estavam dispostos a desempenhar o papel de saco de pancadas da chave e abandonaram o estilo ultradefensivo, partindo para cima dos chuarras.
A Celeste chegou a sair na frente com Cavani, de pênalti, aos 23 minutos, porém travou com o apagão de Forlán, que tentou cumprir a mesma função do machucado Suárez, e da zaga na etapa complementar. Ousada, a Costa Rica logo chegou ao empate com o novato Joel Campbell e mal teve tempo para comemorar: 3 minutos depois, o zagueiro Duarte sacramentaria a virada após cobrança de falta de Bolaños. O time centro-americano encerraria o show de raça aos 39 minutos com Ureña, que valorizou o passe genial de Campbell. Além da humilhante virada (3 a 1), os uruguaios ainda ganharam o 1º cartão vermelho da Copa, para o esquentado Maxi Pereira. Os costarriquenhos tiveram uma excelente noite na liderança do Grupo D (têm os mesmos 3 pontos da Itália, mas levam vantagem no saldo de gols) e se preparam para medir forças com a Squadra Azzura em Recife. Já os chuarras se complicaram de vez e precisam se recuperar diante dos ingleses em São Paulo.


BUMBA-MINHA-SQUADRA
De longe, o melhor jogo do longo 3º dia da Copa. Em meio à Floresta Amazônica, a Itália sobreviveu ao fortíssimo ataque inglês e à alta umidade do ar (daí a forte sensação de calor) para estrear com vitória por 2 a 1. Marchisio anotou o 1º tento depois de um corta luz fabuloso do maestro Pirlo (que, por sua vez, quase viria a marcar um golaço de falta nos minutos finais do 2º tempo). Os ingleses não se deram por vencidos e logo chegaram ao empate com Sturridge, que pôde contar com a bela assistência de Rooney.
A etapa complementar estava reservada ao estreante Balotteli: o Super Mario usou a cabeça para receber cruzamento de Candreva e definir o escore final. O Time da Rainha ainda ameaçava estragar a festa dos rivais, mas Sirigu, que entrou em campo no lugar do machucado Buffon, esteve bem inspirado e, com uma ajudinha da sorte, barrou as pretensões de Rooney e companhia. Na próxima rodada, os italianos buscarão a classificação antecipada para o mata-mata diante da surpreendente Costa Rica na Arena Pernambuco, enquanto a Inglaterra tentará uma reabilitação contra o Uruguai na Arena Corinthians.


EXPERIÊNCIA É TUDO
Fechando a noite, Costa do Marfim e Japão protagonizaram na Arena Pernambuco o único dos 64 jogos da Copa marcado para as 22 horas. O time africano começou o duelo atrás do placar, quando sua defesa vacilante abriu espaço para Honda fuzilar aos 12 minutos da etapa inicial. Porém, a batalha tomaria um novo rumo no segundo tempo, quando o técnico Sabri Lamouchi pôs em campo o experiente Drogba, que trouxe mais confiança aos companheiros. Aos 19 minutos, Bony correspondeu à altura, deixando tudo igual. Dois minutos depois, Gervinho teve o prazer de marcar seu 1º gol em Copas, levando o time à segunda virada da Copa. Já era tarde quando os Samurais Azuis finalmente perceberam que também não eram muito fortes na zaga e se limitaram a ver os Elefantes dominando a partida no 2º tempo.
Na próxima quinta, os marfinenses brigarão com os colombianos à tarde no Estádio Nacional por uma vaga antecipada no mata-mata. No mesmo dia, só que à noite, Japão e Grécia lutarão pela sobrevivência na Arena das Dunas, em Natal.

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