segunda-feira, 5 de julho de 2010

Craques na Copa 2010: uma aposta (até agora) errada

As seleções que apostaram todas as suas fichas no estouro de seus respectivos craques na Copa da África do Sul chegaram a uma mesma conclusão: nunca é boa ideia confiar demais no desencanto de um único atleta. Kaká, Messi, Cristiano Ronaldo, Wayne Rooney e outros jogadores de quem esperávamos uma apresentação de gala não passaram de pura promessa, dando espaço a colegas menos badalados como o alemão Schweinsteiger, o espanhol David Villa, o urugaio Diego Forlán e, não mais correndo por fora, o carrasco Wesley Sneijder. Abaixo segue o que eu achei do desempenho de quem não cumpriu o que prometeu neste Mundial:

Kaká: chegou à Copa longe da condição física ideal nos padrões da Seleção. Fez boas assistências nos jogos contra Costa do Marfim e Chile, mas sumiu na partida de estreia, perdeu a cabeça diante dos holandeses, revelou-se um craque na punição (2 amarelos e 1 vermelho) e saiu da Copa sem deixar o dele.
Messi: ajudou a perpetuar a sina de que "um jogador escolhido o melhor do mundo no ano anterior a uma Copa nunca brilha ao participar efetivamente do torneio". Foi ofuscado pelas boas atuações de Higuaín e Tevez, bem como sumiu na partida contra a Alemanha quando os hermanos mais precisavam dele, embora tenha servido bem como "garçom" para os companheiros da mesma forma que Kaká.
Cristiano Ronaldo: a seleção portuguesa pagou caro por confiar demais no craque do Real Madrid. O Ronaldo luso simplesmente desapareceu durante a competição ao cair na besteira de definir todos os ataques do time por conta própria. Fez apenas um gol, sem querer, no chocolate sobre a Coreia do Norte e só. Quando Portugal foi despachado pela Espanha nas oitavas, o narcisista ainda cuspiu em direção a um cameraman após finda a partida.
Wayne Rooney: o desempenho do astro inglês não justificou a sua reclamação sobre uma possível falta de apoio da torcida. Escondeu-se mais em campo do que ajudou no setor ofensivo do English Team.

Parafraseando uma piada relacionada a este Mundial, fica a dica para os países que desejam disputar a Copa de 2014, no Brasil: façam como o Dunga, não usem craque.

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