quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Crise em Brasília dá razão a Ciro Gomes sobre eleitores no Brasil

Em 2002, Ciro Gomes concorria à presidência do Brasil quando teve a infeliz ideia de chamar um eleitor de "burro". Aí queimou o filme de vez e teve de tirar o corpo fora. Em 2009, o deputado federal paulista (só que radicado no Ceará) continuou com seus chiliques, insultando o Ministério Público e colegas parlamentares que apoiavam as medidas tomadas por Michel Temer para atacar a farra das passagens aéreas. Entretanto, pode-se dizer que Gomes fez algo útil: sua declaração de sete anos atrás, aparentemente soberba, acabou se confirmando com atitudes como as do gaúcho Sérgio Morais e do senador fluminense Pedro Duque, que disseram se lixar para a opinião pública.
Explico: ao chamar um eleitor de "burro", o deputado estava sendo leviano e grosseiro para um candidato ao Palácio do Planalto, e sua candidatura parou por aí. Porém, os escândalos protagonizados em Brasília nos últimos oito meses acabaram dando um respaldo às palavras do paulista-cearense. Em outras palavras, Ciro quis dizer que os maiores responsáveis pela sujeira no Congresso não são senadores brigões ou deputados que levam familiares para passear com dinheiro público e sem vergonha na cara, mas os eleitores que não procuram investigar o passado dos candidatos antes de votar neles.

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