terça-feira, 12 de abril de 2011

O besteirol do desarmamento

Mal se consumou o massacre de Realengo e o governo federal já decidiu organizar uma nova campanha de desarmamento da população civil, desta vez prometendo pagar mais rápido as recompensas a quem se desfizer de seu revólver ou espingarda. Nada contra a boa intenção da equipe de Dilma Rousseff em fazer do Brasil um país menos violento, porém atrevo-me a rotular tal medida de "inútil do ponto de vista prático".
Para começo de história, o desarmamento atingiria somente os cidadãos de bem. Bandidos não costumam abrir mão de suas ferramentas de "trabalho" e elas continuariam acessíveis de qualquer jeito, especialmente em virtude da corrupção policial e da porosidade das divisas nacionais com outros países sul-americanos. Além disso, o problema está enraizado não nas armas de fogo em si, mas em quem decide apertar o gatilho. Caso contrário, as taxas de homicídio a bala seriam muito maiores (e não menores, na realidade) em países desenvolvidos. Combater a violência urbana tirando pistolas e espingardas de circulação é o mesmo que combater a pirataria  digital proibindo todo mundo de comprar CD ou DVD virgem.

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