Se a Alemanha já havia matado o sonho do nosso hexacampeonato mundial em Belo Horizonte na última terça, os holandeses apenas tiveram de empurrar o caixão canarinho hoje à tarde, no Mané Garrincha. Felipão chegou a cumprir a promessa de alterar o esquema tático, mas não tinha tempo hábil para treinar a nova formação e mais uma vez confiou na sorte. O treinador pagou caro: nos 18 minutos iniciais, a Laranja Mecânica havia aplicado 2 x 0 com Robin Van Persie e Blind, ambos em lances irregulares - um pênalti e um cruzamento após um impedimento, nesta ordem - assinalados pelo inseguro árbitro. No segundo tempo, os europeus nem precisaram se esforçar muito para administrar a vantagem pois o time brasileiro, com ou sem as trapalhadas do juiz, continuava apático mesmo com as entradas de Fernandinho, Hernanes e Hulk. Já assegurada, a vitória orange se confirmaria de vez nos acréscimos, quando Wijnaldum marcou o terceiro e último tento da partida, encerrando definitivamente a melancólica campanha da Seleção neste Mundial.
Mal administrado pela CBF, o esquadrão canarinho repetiu este ano o mesmo script das duas últimas Copas. Largou bem na corrida pelo título e obteve êxito contra adversários com pouca ou nenhuma tradição no futebol mundial, porém tombou diante de seleções tradicionais como França (2006), Holanda (2010) e recentemente Alemanha (2014), além da própria Laranja. Enquanto os simpáticos oranges (refiro-me aos atletas, não ao marrento porém competente treinador Louis Van Gaal) se despedem do Brasil com as merecidas medalhas de bronze no peito, a Seleção sai de Brasília debaixo de muitas vaias e, até a próxima semana, apanhará um bocado da imprensa esportiva, que discutirá quem segue no elenco atual e quem vai aposentar a amarelinha.
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