Finalmente os argentinos se deram conta de que estão disputando uma Copa, ainda mais na casa do arquirrival Brasil. Melhor para os nossos vizinhos, que invadiram Porto Alegre aos montes e foram brindados com uma apresentação de gala de Messi. O time comandado por Alejandro Sabella inaugurou o placar já aos 2 minutos do primeiro tempo com o camisa 10 do Barcelona, mas sua frágil zaga havia aberto uma brecha para Musa empatar logo em seguida. Aos 46, o craque hermano recolocou sua equipe na vantagem, sem dar a menor chance para o bom goleiro Enyeama.
Na etapa complementar, o filme se repetiu logo no início: Musa desfilou no sistema defensivo da Argentina e chutou no contrapé do goleiro Romero, deixando tudo igual. Três minutos depois, Rojo crava 3 x 2 para sua equipe, que consegue administrar o placar até o apito final. Líder inconteste da chave, a bicampeã mundial se prepara para enfrentar a Suíça no mata-mata. Mesmo derrotados, os africanos também carimbaram o passaporte para a próxima fase, na qual terão pela frente a França.
UM BANHO DE DESPEDIDA - BÓSNIA 3 x 1 IRÃ
Eliminada da competição desde a rodada anterior, a novata Bósnia-Herzegóvina não poderia fazer feio na Arena Fonte Nova, palco das maiores goleadas vistas na Copa até agora. E cumpriu com dignidade seu último adeus, com mais posse de bola e criando mais chances, enquanto os iranianos, que avançariam às oitavas caso vencessem o duelo (pois a Nigéria viria a perder para a Argentina em Porto Alegre), adotaram um esquema defensivo, na esperança surpreender os europeus nos contragolpes.
Os bósnios abriram o placar com seu principal jogador, Dzeko, aos 22 minutos do primeiro tempo e tomaram somente alguns sustos do Irã, que pecava pelas más finalizações. Na segunda etapa, Panjic ampliou a vantagem. Aos 36 minutos, Reza chegou a reacender a chama da esperança da equipe do Oriente Médio, mas Vrsaevic jogaria a última pá de cal sobre os adversários dois minutos depois. Saldo final: mais uma chuva de gols no estádio baiano, apesar do público inferior ao dos jogos anteriores ali realizados, e duas seleções se despedindo do Mundial no Brasil.
DE BARRIGA CHEIA - FRANÇA 0 x 0 EQUADOR
Previamente garantida no mata-mata, a França entrou em campo aparentemente desinteressada em balançar a rede adversária, à exceção de Benzema, que tentou mas ainda não alcançou Neymar e Messi na artilharia da Copa. O Maracanã não merecia um jogo tão monótono que o Equador tentou esquentar com muito mais vontade que o misto de titulares e reservas dos saciados Bleus, embora ciente de que matematicamente voltaria para casa mais cedo por causa da vitória da Suíça.
Os franceses iniciam o mata-mata contra a Nigéria, e é bom que eles já tenham despertado da sonolência para não serem atropelados pelos velozes jogadores do time africano. Aos equatorianos, única seleção sul-americana a não seguir em frente (ao contrário de Brasil, Chile, Colômbia, Uruguai e Argentina), resta agradecer por terem disputado mais um Mundial.
OLHA O CANIVETE! - SUÍÇA 3 x 0 HONDURAS
Na última Copa, a Suíça encerrava a fase de grupos com Honduras, com a qual empatou sem gols e se despediu com antecedência da África do Sul. Hoje, o time europeu reencontrou os centro-americanos exatamente no mesmo cenário (última rodada da primeira fase), mas Shaqiri tratou de escrever uma história diferente para seu país. Assinalando os 3 gols da partida (2 no primeiro tempo e 1 no segundo), o camisa 23 avisava que seus compatriotas também sabem atacar. A La Nati, uma das 16 felizardas do Mundial, iniciará a batalha no mata-mata contra Messi, Higuaín, Di María, Aguero e companhia.
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