Extraído do Victorware Ultimate Edition:
Imaginem um universo alternativo, não muito diferente do nosso, e no
qual a Terra é habitada por pessoas que literalmente vivem grudadas em gadgets. Todos os dias, um pai mal se levanta da cama e, via SMS, já manda os filhos fazerem o mesmo. Sua esposa lê recados no app
(aplicativo) do Facebook no iPhone enquanto mete a mão na massa para
aprontar o café da manhã. Na escola, as crianças conversam umas com as
outras via Twitter, #um #verdadeiro #portal #com #as #últimas #novidades #da #galerinha.
À noite, um grupo de amigos põe a conversa em dia pelo Whatsapp, sem ao
menos se olharem uns aos outros, e usam o Instagram como álbum de fotos
da balada na casa de um deles no último fds (final de semana).
Tudo funciona às mil maravilhas e sem sobressaltos até que algo muito
terrível atinge os humanos em cheio: todas as comunicações do mundo
inteiro - do celular à Internet - saem do ar. Não se sabe se por obra de
alguma falha global, vírus ou mesmo cyberataque. O fato é que os
aparelhos deixaram de ter sua utilidade e agora os habitantes terão de
reaprender (ou aprender mesmo, no caso dos mais viciados em tecnologia) a
estabelecer algum tipo de contato interpessoal.
Parece utópico? Nem tanto: a julgar pela enorme quantidade de usuários que não param de tc (teclar) em seus PCs, smartphones e tablets
enquanto apenas ouvem - ou fingem ouvir - a voz de quem insiste em
travar com eles qualquer conversa cara a cara, o nosso mundo caminha
perigosamente para o cenário hipotético retratado no parágrafo anterior.
E é exatamente disso que trata Desplugados, uma história não
muito diferente da realidade que pretendo publicar por aqui em breve (e,
talvez, transformar em um romance)...
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